Caminhar é «rasgar» estradas,
sinuosas e acidentadas,
sem nunca um caminho traçar,
já que este se constrói a caminhar.
É tão bom uma viagem terminar,
e um novo caminho iniciar…
Olhar para trás é recordar
o trilho que jamais hei-de voltar a pisar,
sem, deste modo, o futuro negar.
Por vezes, é necessário nas «curvas» travar,
parar para reflectir,
para o percurso aperfeiçoar,
os obstáculos contornar,
e saber como agir.
Para se aprender a caminhar,
é necessário cair e levantar-se continuamente.
A derrota não está na queda
mas na recusa em se levantar permanente,
aguardando a próxima caída de forma mais leda.
A vontade vive em nós,
o mundo de cada um é os olhos que tem,
transformar uma realidade atroz,
depende de querer ir um pouco mais além.
Um obstáculo intransponível
implica persistência
perseverança e força de vontade
e nunca desistência.
Transformar e crescer
exige um comprometimento,
negar a individualidade
e procurar a razão e o entendimento.
Não almejo a perfeição
mas contribuir para a transformação,
anseio por uma nova alvorada,
lutando contra o adormecimento e a inacção,
já que a noite convida à sonolência,
exigindo de mim muita resistência.
Posso o rumo dos acontecimentos alterar
e lutar contra um destino inexorável,
desde que não deixe a fragilidade da minha humanidade me aprisionar
e continue a contribuir para transformar o mundo num local admirável.
“A felicidade exige valentia”.
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